O deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) eximiu de responsabilidade a construtora da qual é sócio, pela queda do foro do Pronto Socorro de Cuiabá, no dia 14 deste mês, após uma forte chuva. Segundo ele, os problemas no telhado e em outras áreas do prédio que abriga a unidade hospitalar não fizeram parte da reforma para qual a empresa foi contratada, ao custo de R$ 3 milhões. Ele foi sabatinado por mais de uma hora por vereadores, na Câmara de Cuiabá, hoje pela manhã.
Em princípio, destacando sua experiência de engenheiro, Avalone culpou empresas de manutenção pelos problemas no teto. Diante dos questionamentos dos parlamentares, admitiu que não tinha provas e observou que teceu a análise por ter sido “perito judicial por 11 anos”, a serviço do Poder Judiciário de Mato Grosso.
Ele disse que fez uma vistoria no local e tirou fotos, apontando telhas quebradas, ausência de uma telha e restos de obras no ar condicionado. Isso pode ter provocado, segundo ele, entupimento de calhas e vazamento no forro. “Há um ano e sete meses a obra terminou e, nesse período, outras empresas foram contratadas para prestar serviços de manutenção em diferentes áreas”.
Contudo, o deputado afirmou que a empresa Três Irmãos, mesmo não sendo a responsável pelo desabamento de partes do teto, vai realizar as obras de reparos no Pronto Socorro de Cuiabá. De acordo com a assessoria de imprensa, os vereadores Domingos Sávio (PMDB), Toninho de Souza (PDT), Lúdio Cabral (PT), Misael Galvão (PR) e Antônio Fernandes (PSDB) entendem que a empresa tem responsabilidade direta e deve revisar e, se necessário, refazer a obra em parte ou no todo, principalmente do teto.