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Cuiabá: assessores de presidenciáveis e Geller debatem rumo do agronegócio e abertura de áreas

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Os economistas Andre Pessoa e Eduardo Gianetti Fonseca, integrantes das equipes que elaboram planos de governo dos presidenciáveis Aecio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), respectivamente, debateram com o ministro da Agricultura, Neri Geller (representante da presidente Dilma, candidata à reeleição) os rumos da economia e do agronegócio, ontem à noite, em Cuiabá, na abertura do nono circuito da Aprosoja. Um dos temas 'quentes' foi as aberturas de novas áreas para aumentar o plantio de grãos. Levantamento do instituto Amazon aponta que, em maio, na Amazônia Legal, foram 185 quilômetros quadrados de florestas derrubadas –  56% em Mato Grosso.

Eduardo Gianetti da Fonseca defendeu o 'desmatamento líquido zero'. Ele considera que as áreas existentes devem ser otimizadas na atividade agrícola e pecuária. Representante de Eduardo Campos, ele acusou o INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-  de ser o "maior desmatador do país", referindo-se a forma com que são feitos assentamentos com falta de apoio aos pequenos produtores que acabam derrubando áreas sem critérios e, boa parte deles, desrespeitando a legislação.

O ministro Neri Geller contrapôs o representante de Eduardo Campos afirmando que é contrário ao "desmate ilegal zero" e sinalizando que os produtores tem todo o direito, com base no código florestal, a fazer abertura de suas áreas para "continuar aumentando a produção de alimentos". Após ser aplaudido pelos produtores que assistiram o debate, ele defendeu reforma no código florestal citando que alguns pontos trazem insegurança jurídica. Também cobrou que seja feita recuperação de matas ciliares nas áreas onde houve excesso de desmates.

Andre Pessoa elogiou o potencial produtivo de Mato Grosso e disse que é preciso combater os desmatamentos ilegais e disse que a agropecuária vai continuar crescendo pois existe a demanda mundial por consumo de alimentos. Ele também apontou a necessidade de reflorestar áreas que foram derrubadas ilegalmente.

A tendência de crescimento do agronegócio foi outro tema debatido. "A agropecuária está tendo problemas. A economia este ano vai crescer meio ponto percentual. A agropecuária vai crescer mais de 3. A indústria vai andar para trás 1,8 e serviços provavelmente 1. Então, a agropecuária continua salvando o PIB Brasileiro que ainda está se sustentando porque é muito boa, com tecnologia avançada. Hoje, o maior problema do agronegócio é logística. Esse governo durante muitos anos viu, com muita suspeição, parceria com o setor público para obras no setor logístico. O senador Aecio Neves vê com muito bons olhos aperfeiçoamento das parcerias na direção de obras de logística com a iniciativa privada e tem condições melhores de tocar agenda com o setor", defendeu Andre Pessoa.

O economista Eduardo Gianetti da Fonseca criticou o governo federal acusando-o de manipular o sistema econômico e deu errado. O experimento econômico deu errado. Por isso que estamos com o 7 a 1 da Dilma: 7 de inflação e 1 de crescimento. Infra-estrutura é uma peça fundamental do desenvolvimento e estamos muito atrasados. A ideia é criar marco regulatório e um ambiente de negócios em que o setor privado possa ter confiança e previsibilidade para fazer os aportes de investimentos. Infelizmente, o governo Dilma não conseguiu isso. Tanto que a coisa não andou e vamos ter que mostrar para o setor privado que vale a pena investir em infra-estrutura. O modal tem que ser de acordo com a necessidade e máxima eficiência ( de cada região). Não tem um que é melhor em tudo. para certas distâncias é o rodoviário, para outras ferroviário, hidroviário".

O ministro Neri Geller disse que o governo Dilma avançou nos investimentos em logística citando a expansão da Ferronorte em Mato Grosso e as obras de pavimentação da BR-163 do Nortão de Mato Grosso até o porto em Santarém (PA). "A 163 está sendo concluída (falta pavimentar cerca de 200 km e fazer aproximadamente 14 pontes), a concessão desta rodovia da divisa com Mato Grosso do Sul até Sinop está acontecendo. Temos consciência que precisa avançar mais. Estive esta semana com a Aprosoja, no Ministério dos Transportes, liberando a estruturação portuária para uma grande empresa em Mato Grosso". Ele afirmou que o governo "avançou muito, afinado com o setor" e praticou taxas de juros abaixo da linha de inflação dando ao produtor oportunidade de investimento em maquinário ou nas propriedades em programas de armazenagem e Mato Grosso tem sido vanguarda na captação de recursos". Geller também disse que alguns programas do governo são a longo prazo, como o de armazenagem, que é de 5 anos, com menor burocracia sem necessidade de apresentar projeto ambiental. Foram destinados R$ 25 bilhões tom taxas de juros de 3,5% ano passado e esse ano 4,5%, 3 anos de carência e 12 para pagar". Ele mencionou que coordenou o plano safra e houve aumento de R$ 30 bilhões no volume de financiamentos do plano safra que passou para R$ 156 bilhões este ano.

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