A divulgação de que o ex-presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva (PP), e mais seis pessoas serão indiciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Reforma da Câmara Municipal gerou protestos por parte do advogado Ronan Oliveira Souza, responsável pela defesa de Deucimar. Ele criticou que as declarações vereador Misael Galvão (PR) que teria antecipado o resultado da comissão. "Como é que ele [Misael] anuncia quem vai ser indiciado antes de concluir as investigações e de apresentar o relatório final?", questiona Ronan Souza.
Ele cita o caso do possível indiciamento dos ex-servidores Alfredo Alves de Moura Filho e Mauro Uemura, que sequer foram ouvidos pela CPI, e figuram possíveis indiciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito. O advogado vai protocolizar, na CPI e na Presidência da Câmara de Cuiabá, documento questionando a base jurídica para o pré-julgamento de Misael Galvão.
Ele entende que os nomes dos indiciados, no caso, somente poderiam ser definidos após a conclusão das investigações, na qual incluem-se depoimentos e coleta de dados contábeis, financeiros e administrativos que o episódio exige.
Ronan Oliveira solicitou que, além de cobrar Misael, Deucimar Silva exija explicações, também, dos vereadores Júlio Pinheiro (PTB), presidente da Câmara de Cuiabá, e Edivá Pereira Alves (PSD), presidente da CPI da Reforma do Palácio Paschoal Moreira Cabral.