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Cuiabá: 100 mil sem água e promotor critica CAB

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Cerca de 100 mil moradores estão sem água desde o final de semana devido a remanejamento de tubulações em consequência das obras da copa. Também teriam ocorrido problemas com antiga tubulação. A Concessionária de Água e Esgoto de Cuiabá (CAB) informou, no final da tarde, que o problema está sendo resolvido e o rebastecimento deve iniciar aos poucos devendo ser normalizado em dois dias.

O Ministério Público Estadual começou a investigar indícios que CAB vem mantendo inoperante o seu serviço de call center para evitar o registro de denúncias e a solicitação da entrega de caminhões pipas aos consumidores. A Agência Municipal de Regulação dos Serviços de Água e Esgoto da Capital (Amaes) recebeu ofício para prestar escalrecimentos das medidas adotadas pela agência diante do caos em que se encontra o sistema de abastecimento de água na cidade.

O promotor de Justiça Ezequiel Borges de Campos afirma que a CAB deixou os consumidores à merce da própria sorte na medida em que, desde ontem, mantém inoperante seu serviço de call center. As linhas telefônicas divulgadas pela concessionária para atendimento estão sempre ocupadas, impedindo o registro de protocolo e pedidos de caminhão pipa.

“A situação é tão acentuadamente grave que o Procon Estadual, a requerimento do Ministério Público, dirigiu-se até o local onde funciona a central de atendimento aos consumidores da CAB para fiscalizar se há pessoas efetuando o atendimento uma vez que o sistema permanece continuamente com sinal ocupado, no entanto, foram impedidos de exercer o trabalho, o que só está sendo possível com auxílio de reforço policial”, destacou o promotor de Justiça.

Para o representante do Ministério Público, é inadmissível que, em momento tão delicado de desabastecimento na cidade, a CAB não preste as informações devidas e não atenda a demanda da população que aumentou consideravelmente nas últimas horas. Criticou, também, a postura adotada pela agência reguladora. “Além de agir de forma burocrática, a agência reguladora aparenta leniência e equidistância do problema que afeta milhares de pessoas e que exige solução imediata”, disse.

O promotor de Justiça estabeleceu o prazo de 48 horas para que a AMAES encaminhe as informações requisitadas. A providência adotada refere-se a apenas um dos vários inquéritos civis instaurados por denúncias de desabastecimento em bairros da cidade. O MPE aguarda a conclusão das investigações para a adoção das medidas judiciais cabíveis.

(Atualizada às 22:20h)

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