Comissão de Saúde da Assembléia deve se reunir, esta tarde, com o governador Blairo Maggi (PPS), para discutir problemas na saúde pública. O setor necessita de no mínimo, R$ 80 milhões em verba suplementar prevista no Orçamento Geral do Estado (2008) para manter funcionando as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI´s) nos hospitais de Mato Grosso. Deputados e os secretários estadual de Saúde, Augustinho Mouro e de Cuiabá, Guilherme Maluf (PSDB), debateram hoje os repasses para as UTI´s.
De acordo com Maluf, a prefeitura paga R$ 213 por dia dentro dos valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para manter suas UTI´s. “O Estado tem que dar essa garantia para os municípios”, disse Maluf.
O diretor do Hospital Geral de Cuiabá, o médico Vander Fernandes estima que os leitos da UTI`s municipais correm sérios riscos de parar em função das dificuldades financeiras apresentadas pelo governo estadual. Ao todo, são 28 leitos mantidos com recursos de R$ 270 mil mensais. Segundo ele, os repasses estão ameaçados a partir de agosto diante da falta de recursos alegados pelo Estado. “O que foi um avanço do atual governo passa a ser dúvida até o final do ano”, disse Vander.
No entanto, os recursos por verbas suplementares dependem da autorização de mecanismo como PPA e OGE. “Queremos mostrar para o governador o risco das UTI´s terem que parar nos hospitais de vários municípios”, afirmou Bruneto. O deputado pede que, o Estado encontre uma solução a curto prazo para evitar o colapso previsto no sistema de saúde estadual.
De acordo com o secretário Augustinho Mouro, o Executivo tem dificuldade para contratar médicos, realizar processos licitatórios em função de algumas normas da legislação que emperra agilidade de socorro à UTI´s, por exemplo. “Às vezes temos recursos, mas não temos mecanismos que estão sendo amarrados pela lei”, disse Mouro.