As recentes crises em setores do governo do Estado podem acabar levando o governador Silval Barbosa (PMDB) a antecipar uma minirreforma administrativa para tentar consertar o rumo de sua administração fragilizada por problemas de relação política e de relação com categorias do funcionalismo público.
O último episódio foi a crise na relação entre o diretor-presidente da Agecopa, Eder Moraes, com o diretor de infraestrutura, Carlos Brito, que expôs a difícil relação e harmonia entre os diretores da entidade que centraliza boa parte das ações pró-ativas da administração estadual.
O que não faltam são criticas a alguns auxiliares diretos do governador, sendo que o mais criticado, Alexander Maia, já deixou a titularidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, mas os deputados defendem outras mudanças, como a Secretaria de Transportes, atualmente ocupada por Arnaldo Alves de Souza, técnico que acabou remanejado da Secretaria de Planejamento, uma área técnica, para a de Transportes, que é também técnica, mas exige muito jogo de cintura na relação com os parlamentares.
Os rumores de troca no staff não para por aí, já que a última crise, na Polícia Judiciária Civil, abalou a situação do delegado Paulo Vilela que passou boa parte da manhã de ontem reunido com os secretários Diógenes Curado e Cesar Zilio para tratarem de medidas determinadas pelo governador Silval Barbosa em relação à punição dos grevistas que não retornassem ao trabalho no prazo estipulado de 24 horas.
No princípio da tarde de ontem, os investigadores de polícia e o escrivães decidiram retornar às atividades depois de 66 dias de paralisação, o que foi imediatamente informado ao governador Silval Barbosa, que se encontra no Estado do Pará na Expedição Rota da Integração.
"O governador Silval Barbosa (PMDB) já analisa as principais alterações no seu staff, o que deverá ser iniciado antes do final do ano para que em 2012 o Estado se encontre com suas pendências sanadas", disse um assessor próximo ponderando que poderá haver trocas e remanejamentos para se adequar a máquina à realidade vivida e aos relacionamentos políticos.