A Câmara Municipal de Itaúba formou ontem, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar as 43 irregularidades ‘graves e insanáveis’ apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado para as contas da prefeitura de Itaúba em 2005.
As contas do prefeito Levino Heller foram reprovadas, tanto pelo TCE quanto pela câmara. De acordo com o presidente do Legislativo, Jonas Ferreira da Silva, a CPI foi aberta atendendo pedido de 54 munícipes, que fizeram um abaixo-assinado. “A comissão terá um prazo de 120 dias para concluir as investigações, podendo ser prorrogado, e caso sejam comprovadas, vamos tomar as providências cabíveis”, disse ele, ao Só Notícias.
A mesa diretora resolveu fazer o sorteio de vereadores que integram a CPI. A presidente é a vereadora Solange Ferreira de Souza, relatora, Clory de Oliveira e, membro, Sardi Garcia Vargas.
As irregularidades que acarretaram na rejeição pelo Tribunal Pleno das contas do prefeito Levino Heller referem-se a realização de despesas que não se enquadram em serviços de saúde e educação, pagamento de despesas salariais em duplicidade, pagamento por serviços não executados, desdobramento de despesas indicando o intuito de burlar a lei das licitações e outras práticas que, de acordo com o relatório, podem constituir improbidade administrativa
Outro lado:
O prefeito Levino Heller disse, ao Só Notícias, que não teme nada com a CPI e que está à disposição com toda a documentação que for necessária aos vereadores analisarem. Sobre as irregularidades, ele explicou que todas já foram justificadas e está aguardando a definição do Ministério Público sobre a reprovação das contas. Ele alega que a reprovação foi por “questões políticas. Sou de uma sigla e a maioria dos vereadores é de outra. Eu analiso que tem muita gente fazendo política e prejudicando o próprio município”, afirmou.