Mesmo após o Estado ter anunciado o decreto de contingenciamento dos gastos do Poder Executivo, a Assembleia Legislativa aprovou na última semana a Mensagem Nº 44, que autoriza o Poder Executivo a abrir crédito especial no valor de R$ 100 mil em pesquisas para a implantação de hidrovias em Mato Grosso. A mensagem que é de autoria do Poder Executivo entrou em pauta após pedido do líder do governo, Dilmar Dal Bosco (DEM).
De acordo com o parlamentar o crédito não significa gasto ao governo e sim investimento tendo em vista que com a implantação de hidrovias de qualidade o transporte dos materiais produzidos no Estado ficará mais barato. “É importante buscar esse novo modelo para diminuir o valor do transporte em Mato Grosso. O estado é muito produtivo e com essa nova proposta nós poderemos aumentar o valor do que é vendido com a diminuição do frete e com isso arrecadasse mais. Aumenta o custo do produto e agrega com renda e carga tributária”.
O parlamentar ainda ressaltou que isso ainda é planejamento, tendo em vista que a implantação de um sistema de hidrovias tem um custo muito elevado, e deve ser feito em parceria com o Governo Federal e o Ministério dos Transportes. “O crédito é só para o estudo a princípio. Precisamos de ajuda para implantar esse sistema e tenho certeza que no futuro vamos conseguir o apoio do Ministério dos Transportes e do governo federal”.
A mensagem também inclui novas ações no Plano Plurianual (PPA), que buscam garantir reformas preventivas em balsas, e rebocadores na travessia do Rio Xingu. “Com o intuito de garantir a segurança dos passageiros e das cargas transportadas, evitando a paralização do serviço que é essencial na região”, diz trecho do projeto.
“Esse modelo como as ferrovias precisam ser adotados no nosso estado. Hoje passamos por um momento de crise, o frete é muito alto além do alto número de caminhões nas rodovias. Precisamos investir em todos os sentidos para que o estado tenha um retorno em seu caixa. Não vai acontecer do dia para noite mas Mato Grosso, o maior produtor de grãos do país, ainda está parado no sentido de transporte”, explicou Dal Bosco.
Apesar de ser considerado solução, o sistema hidroviário é pouco utilizado. Somente 4% do transporte de cargas no país é feito por esse sistema modal, enquanto o escoamento por rodovias, mais caro, poluente e de maior risco, é largamente utilizado.