A dificuldade na contratação de técnicos especializados em determinados assuntos para auxiliar investigações não é exclusividade da Comissão Parla- mentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo de 2014. Outras CPIs desta e da legislatura passada do Parlamento estadual enfrentaram o mesmo o problema.
Instalada quase que ao mesmo tempo que a CPI das Obras da Copa, a CPI da Renúncia e Sonegação Fis- cal, presidida pelo deputado estadual José Carlos do Pátio (SD), ainda não tem completa a equipe de auditores que requisitou à Mesa Diretora.
O grupo de investigação trabalha com apenas parte dos técnicos, sendo alguns cedidos pela própria Assembleia Legislativa e outros pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Enquanto isso, aguarda pela confirmação de um contrato que o Parlamento pretende assinar com a Fundação da Univer- sidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), que deve ceder mais auditores.
Aberta em 2011, a CPI que tratou da concessão de licenças ambientais para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), no entanto, foi a que viveu uma situa- ção mais parecida com a da CPI das Obras da Copa, tendo em vista a especificidade dos técnicos que necessitava.
Relator da investigação à época, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), afirma que não se envolveu no processo de contratação, mas lembra ter enfrentado dificuldades no início dos trabalhos até conseguir os engenheiros que demandava. “O problema é que não podíamos ter um engenheiro eletricista qualquer, tinha que ser alguém com experi- ência em usinas hidrelétri- cas, caso contrário não nos ajudaria em nada”, explica.
Segundo a assessoria da presidência da Assembleia, a Mesa Diretora já deu início a um diálogo com tam- bém a Fundação da Unemat para tentar resolver a ques- tão acerca da equipe da CPI das Obras da Copa. Ainda não há uma confirmação, no entanto, de que de que esta será a solução para o problema.