A CPMI Sanguessuga do Congresso Nacional informou hoje que cruzamento de dados e levantamentos feitos pela comissão, após análise de documentos e o depoimento do chefe da Planam, Luiz Vedoin, que houve pagamento de propinas para prefeitos e ex-prefeitos para garantir vitória da Planam nas licitações para venda de ambulâncias superfaturadas em 11 municípios de Mato Grosso. De acordo com a Folha de São Paulo, na lista da CPI estão as Prefeituras de Alta Floresta, Colíder, São Felix do Xingu, Brasnorte e São José do Xingú, no Nortão; As demais são Nova Marilândia, Poxoréo, Campinápolis, Bom Jesus do Araguaia, Cotriguaçú e Torixoréu.
Mato Grosso, onde estão sediadas as principais empresas da família Vedoin, é o Estado com o maior número de prefeitos suspeitos de envolvimento nas fraudes na saúde. Ao todo, 11 prefeitos do Mato Grosso deverão ser investigados nesta segunda fase de trabalhos da comissão. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), subrelator da comissão, ressalta alguns dos pontos que justificam a investigação: “Os prefeitos acusados receberam emendas que, de fato, se concretizaram no formato de ambulâncias. E os parlamentares que fizeram as emendas, na sua grande maioria, estão envolvidos no esquema de corrupção”, disse Sampaio, à Agência Câmara.
De acordo com as planilhas feitas pela CPMI, as propinas foram pagas a partir de 2002 e variaram de R$ 2 mil (destinados a um prefeito de Rondônia) até R$ 125 mil, supostamente dados ao chefe do Executivo de um município do interior de Mato Grosso.