Depois de depoimentos divergentes e trocas de acusações, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sema marcará para esta semana, uma nova acareação entre o produtor João Batista da Silva, autor das denúncias envolvendo o deputado Juarez Costa e seus assessores, Fábio Galindo, procurador da Fazenda Gislaine I, investigada na operação Guilhotina, e Antônio Góis, assessor de Juarez. O procedimento estava marcado para a última quinta-feira, mas foi adiado devido a ausência de Batista.
A comissão espera esclarecer declarações dos três, durante os depoimentos. João Batista, conhecido por Maguila, voltou atrás e não sustentou as denúncias contra o deputado, de possível uso de influência para obter a aprovação de projetos na Secretaria do Estado de Meio Ambiente. Porém, acusou Antonio Góis de tentar aprovar projeto para extrair, de forma irregular, madeira da área onde ele está assentado.
Já Antonio Góis negou as acusações e disse que os problemas no órgão estadual são de ordem administrativa e que jamais conseguiu a liberação de qualquer licença ou projeto de manejo. Também criticou o atual secretário, Luiz Henrique Daldegan e o secretário-adjunto, Bathilde Jorge Moraes Abdala, pela falta de gestão do órgão.
Hoje também será feita uma vistoria técnica na fazenda Gislaine, em Feliz Natal. “Pretendemos encerrar esse processo com a vistoria e a acareação, para partirmos para a análise da gestão da Sema e sua estrutura”, declarou o relator da comissão, deputado Dilceu Dal Bosco.
Esta semana, a CPI pretende marcar reunião com o governador Blairo Maggi, onde serão debatidos os principais entraves na secretaria, apresentados nos depoimentos e apurados pela comissão. “Ainda pretendemos ouvir outras pessoas e apurar outras denúncias oficializadas na CPI”, completou Dilceu.