A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da renúncia e sonegação fiscal conseguiu notificar todos os diretores da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat) também ligados ao Grupo Bom Futuro (ambos do empresário Eraí Maggi) convocados para prestar depoimento. As oitivas terão início no próximo dia 17 e devem se estender até o dia 23 deste mês.
O primeiro a depor será o conselheiro fiscal da Cooamat e gerente de almoxarifado do Grupo Bom Futuro, Saul Lourenço de Lima. Depois dele depõem Donato Cechinel, presidente da cooperativa e diretor jurídico do Grupo, e José Vengrus Filho, secretário da Cooamat e diretor de compras da empresa.
Roberto Machado Bortoncello,diretor administrativo e financeiro da Cooamat e diretor de compras e vendas do Grupo Bom Futuro também foi notificado, mas seu depoimento, inicialmente agendado para ocorrer no dia 16 de junho precisou ser remanejado para uma data ainda não divulgada pelos membros da CPI.
Todos os diretores já haviam sido convocados para depor na CPI da Cooamat, realizada no ano passado pela Assembleia e que resultou em uma denúncia de sonegação de R$ 300 milhões por parte do Grupo Bom Futuro por meio da cooperativa. Na época, no entanto, os técnicos do Parlamento não conseguiram localizar nenhum deles.
Justamente por não ter realizado nenhuma oitiva, a CPI da Cooamat resultou em dois relatórios finais, um pedido seu arquivamento por não haver provas das acusações apuradas e outro denunciando o Grupo Bom Futuro de usar a cooperativa como uma empresa de fachada para se beneficiar de incentivos fiscais destinados exclusivamente ao setor cooperativista.
A divergência foi o que fez com que os membros da CPI da renúncia e sonegação fiscal decidissem reabrir o caso.