Os vereadores membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura as causas do Hospital Municipal ainda não ter sido aberto, se reuniram esta tarde (4), na câmara, para definir o plano de trabalho. O primeiro passo será uma visita ao prédio, na segunda-feira (8) de manhã. O objetivo, segundo o presidente da CPI, vereador Gilson de Oliveira (PP), é verificar como o local é utilizado atualmente.
Ainda esta semana, a comissão convocará o secretário municipal de Saúde, Alberto Kinoshita, para uma sabatina, na próxima segunda à tarde. "Vamos ouvi-lo para tirar todas dúvidas e (questões) que o secretário tenha condições de responder", explicou Gilson. Posteriormente, será convocado o engenheiro fiscal da obra.
Nesta semana também começam ser enviados os ofícios com pedidos de documentos com informações oficiais. Os vereadores querem saber a quantidade de leitos, localização e outras compras de equipamentos, cópia da licitação e projeto arquitetônico do hospital, cópia do termo de conclusão e recebimento da obra, cópia do projeto de equipamentos por ambiente e rede logística para real funcionamento e cópia do processo judicial sobre o tema.
Em outra frente, a CPI vai requerer levantamento dos recursos humanos necessários para o funcionamento do hospital e audiência no Ministério da Saúde para saber em que situação está a liberação de recursos para o hospital, prometidos para o primeiro semestre e que ainda não saíram.
Foi a segunda reunião da CPI, instaurada ontem (3). Além de Gilson de Oliveira, participaram a relatora Zuleica Mendes (PMDB), os membros Leozenir Severo (PR), Francisco Júnior (PSDB), Hedvaldo Costa (PSDB) e Jonas de Lima (PMDB), além do vereador Fernando Assunção (PSDB), que acompanhou a reunião, que é aberta a todos vereadores, informa a assessoria da câmara.
Conforme Só Notícias já informou, regimentalmente, a CPI do Hospital tem prazo de 60 dias para ser concluída, podendo ser prorrogada por mais 30. O prazo passa a contar a partir do dia 3 de novembro. A comissão foi requerida pelos vereadores Fernando Assunção e Remídio Kuntz (PP) no dia 25 de outubro e acatada no mesmo dia.
A obra do Hospital Municipal de Sinop foi lançada em 2002 pelo então ministro da Saúde, José Serra (PSDB). Em 2008, o ex-prefeito e deputado federal eleito, Nilson Leitão (PSDB), entregou o prédio e, posteriormente, apontou que laudo técnico do Ministério da Saúde atesta que a estrutura física está pronta e o objetivo do convênio foi cumprido.
O atual prefeito, Juarez Costa (PMDB), ainda não abriu o hospital porque faltam equipamentos e aponta que haveria falhas estruturais no prédio e que não há recursos financeiros para a manutenção da equipe.
A justiça concedeu prazo até dezembro para o hospital entrar em funcionamento.