Os vereadores cuiabanos decidiram, no final desta manhã, pelo arquivamento do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apurou o suposto superfaturamento de R$ 1,1 milhão na reforma do prédio do Poder Legislativo da capital, sob o comando do ex-presidente, Deucimar Silva (PP). O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), relatado pelo vereador Clovito Hugueney (PTB), foi pelo arquivamento por perda de prazo.
Para derrubar o parecer da CCJ em plenário, eram necessários dez votos. No entanto, apenas sete parlamentares municipais entenderam ser legais os feitos da CPI. São eles: Antônio Fernandes (PSDB), Misael Galvão (PR), Edivá Alves (PSD), Arnaldo Penha (PMDB), Lúdio Cabral (PT), Paulo Borges (PSDB) e Domingos Sávio (PMDB). O vereador Toninho de Souza (PSD) se absteve.
“Ficou claro que houve, sim, uma ‘barrigada jurídica” da CPI. Eu durmo abraçado com o Regimento Interno da Câmara de Cuiabá e, por isso, o relatório não poderia ser outro, senão, pelo arquivamento”, explicou Clovito, por meio da assessoria de imprensa. Ele destacou que a CPI gastou 93 dias, embora tenha sido criada com prazo de 60 dias, prorrogados por mais 30, totalizando 90.
Edivá Alves, um dos membros da CPI, ainda tentou convencer os colegas a derrubarem o parecer da CCJ. Mas de nada adiantou os apelos do colega parlamentar.