A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa de Mato Grosso decidiu pela convocação de outras três testemunhas para prestarem esclarecimento sobre sonegação de impostos na comercialização de combustíveis e o presidente Wilson Santos (PSDB) deu sinais de que deve pedir a prorrogação do prazo para conclusão dos trabalhos por mais 180 dias.
Os próximos a serem convocados serão o presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Mato Grosso (Ipem/MT), Bento Francisco Bezerra, para falar sobre a fiscalização e controle de qualidade dos combustíveis no estado; o promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua será ouvido para prestar informações a respeito de sonegação de impostos no ramo de combustíveis e do crime organizado; e o diretor do Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET) da UFMT, professor Martinho da Costa Araújo, para tratar sobre a Central Analítica de Combustíveis (CEANC), instalada em 2007 no departamento de Química da Universidade.
Depois de ouvir o doleiro Lúcio Funaro, o presidente da Ammagi, Judiney Carvalho, e de dispensar o ex-governador Silval Barbosa, a CPI ainda tem muito trabalho pela frente e o deputado Wilson Santos afirmou que deve pedir para o prazo de investigação ser estendido. “Nós queremos construir legislações que reduzam ao máximo a sonegação”, afirmou.
Para isso, os deputados definiram um roteiro técnico a ser seguido por cada uma das sub-relatorias da CPI foi apresentado. O objetivo é facilitar a elaboração do relatório final da comissão e dar diretrizes para as ações que serão realizadas.
Com a saída do deputado estadual Max Russi (PSB), o deputado Valmir Moretto (Republicanos) passa a integrar a comissão. Ele ficará responsável pela sub-relatoria do agronegócio, enquanto Wilson Santos cuidará da parte de incentivos fiscais, Janaína Riva (DEM) ficará com o setor dos frigoríficos, Nininho (PSD) comanda a investigação do segmento da mineração e Carlos Avallone será o sub-relator do setor de combustíveis.