Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal divulgaram, ontem, durante reunião, que a maior parte dos sócios das empresas cerealistas que estão sendo investigadas tem passagens pela polícia. Os fatos foram investigados pela Polícia Civil em parceira com a CPI, onde foi descoberto que os societários, além de estarem sonegando impostos, também respondem processos na justiça por crimes como tráfico, roubo, estupro e assassinato.
De acordo com o presidente da CPI, deputado estadual Zé Carlos do Pátio (SD), informações estão sendo levantadas para aprofundar a investigação. “Temos a informação de que outros elementos envolvidos em ações estranhas ao setor empresarial, como roubo e narcotráfico, também comercializam grãos no regime especial. Estamos investigando esses empresários que sonegaram impostos, viviam sob liminar e são laranjas”.
Um dos membros de uma empresa de comércio de grãos encontra-se atualmente recolhido na cadeia do Capão Grande, em Várzea Grande. Ele é investigado por tráfico e acusado de cometer um homicídio. A empresa dele é suspeita de sonegar R$ 101 milhões. Todas as empresas investigadas são favorecidas pelo Regime Especial e atualmente estariam funcionando a base de liminar da Justiça Estadual.