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CPI da Saúde deve entregar plano para melhorar serviços públicos

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que trabalha para traçar um diagnóstico da saúde no estado e tem como meta apontar um Plano Estadual de Saúde, visitou na semana passada mais duas unidades de saúde adquiridas pelo governo do estado em 2005: os antigos hospitais Modelo e São Tomé. Para o presidente da CPI, deputado Sérgio Ricardo“ a compra dos imóveis pode ter sido um investimento acertado. “Com esta visita estamos constatando que a estrutura para atender a população deverá ser ampliada, principalmente os serviços realizados pelo Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa , existente há 33 anos e que sempre funcionou bem. Com a mudança para o prédio do antigo hospital São Tomé no começo de 2010 , esperamos que seja um Sara kubitsche disse.
No entanto, o deputado disse que é preciso investir em um hospital público com capacidade para leitos em UTIs e centros cirúrgicos para Cuiabá. A CPI insiste em sugerir ao Estado que compre o Hospital das Clinicas que tem mais de 120 leitos além de mais 11 só em UTI. E com capacidade para aumentar ainda mais. São quatro centros ciirurgicos portanto é na verdade um hospital que pode desafogar o sistema de saúde e salvar vidas, comentou.

Sérgio Ricardo disse que historicamente Mato Grosso não planejou a gestão da saúde e a CPI tem esse objetivo de pensar a saúde do futuro. “Estamos fazendo um amplo levantamento de como funciona a saúde pública em Cuiabá mas também de todo o Estado. Com isso pretendemos apresentar um Plano de Gestão de Saúde Pública que possa proporcionar melhores serviços a população e garantir o direito a vida”, disse o presidente. O secretário de Saúde do Estado, Agostinho Moro que acompanhou a visita dos deputados nos antigos hospitais disse ao pode nos dar diretrizes importantes no plano de saúde do estado.

A primeira unidade – antigo Hospital Modelo é situada na rua Comandante Costa e foi inicialmente pensada para comportar o laboratório estadual, mas pelas condições do prédio, construído há mais de 20 anos, e por recomendação da vigilância sanitária, o projeto inicial não foi seguido. Ao invés disso, o prédio recebeu reforma em uma obra que custou R$ 300 mil e está sendo utilizado como setor administrativo. Lá funciona a Central de Regulação intermunicipal e interestadual. Com 54 funcionários, a unidade regula as demandas de média e alta complexidades fora de domicílios, com diárias, passagens, estadia e demais despesas médicas por conta do SUS.

Para se ter uma idéia do serviço, o secretário Agostinho Moro, informou que este ano ao todo 380 paciente foram encaminhados para tratamento fora do estado, em unidades de saúde de São Paulo e Bauro (SP), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Curitiba (PR). Dentro do próprio estado foram feitas 181 remoções aéreas ( pacientes transportados em aviões) e 292 terrestres (pacientes que viajaram de ônibus).

A segunda unidade – antigo São Tome – foi inicialmente comprado para comportar uma unidade de atendimento à doenças tropicais, mas o governo refez o projeto e está construindo um novo Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa. A obra está orçada em R$ 1,5 milhão.

Em relação a atual, a nova unidade terá quase o dobro da área construída e da capacidade de atendimento – hoje de cerca de 700/dia – segundo o secretário Agostinho Moro. A área onde funciona atualmente na rua Joaquim Murtinho tem 2, 8 mil m2, a nova terá 4 mil m2. Serão ampliados setores essenciais como os de tecnologia assistida, onde o paciente tem o aparelho adequado à sua necessidade de reabilitação, piscina para hidroginástica e brinquedotecas, entre outras necessidades.

Na mesma área, mas em prédio independente, funciona a Central do Samu que conta com 6 ambulâncias completamente equipadas para atendimentos emergências.

Sérgio Ricardo também falou dos planos da CPI. Entre as necessidades elencadas por ele, está um estudo para propor um reajuste na tabela do SUS. Por exemplo, ele citou as demandas por cirurgias por obesidade mórbida. Hoje as Cooperativas médicas pagam em torno de R$ 1,2 mil por cirurgia, as cirurgias particulares chegam a até R$ 10 mil e os SUS para R$ 300,00. O resultado é que os médicos não querem operar pelo SUS e isso precisa mudar. O usuário precisa ter o serviço e o médico precisa receber, lembrou ele.

A CPI da Saúde foi instalada em 04 de novembro e tem 180 dias para concluir as investigações

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