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CPI da renúncia fiscal convoca Eraí Maggi para depor

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e da Sonegação Fiscal aprovou na última semana a convocação do empresário Eraí Maggi e mais quatro pessoas ligadas à Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Coomat) e ao grupo Bom Futuro. A Comissão já está em etapa de finalização de relatórios e as oitivas serão as últimas realizadas pela CPI antes da conclusão das investigações.

Também devem ser ouvidos Roberto Machado Bortoncello e Donato Cechinel, ambos investigados por comporem simultaneamente cargos de chefia no Grupo Bom Futuro (GBF) e de diretoria na Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), que estaria facilitando ao GBF benefícios exclusivos a cooperativas. Ainda devem prestar depoimento Saul Lourenço de Lima e José Vengrus Filho, também por desempenharem cargo nas duas instituições envolvidas no período investigado. Maggi e os quatro diretores já haviam sido convocados no início da CPI, mas não foram encontrados para serem notificados.

Eles também não compareceram à CPI que investigou a Cooamat em 2014. As oitivas foram marcadas para os dias 23 e 24 de novembro.

Prorrogação – A CPI aprovou na última reunião realizada no dia 17 de novembro a prorrogação de prazo em 15 dias e já prevê entrega de relatório final para 14 de dezembro próximo. A CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal foi instaurada em 20 de março de 2015 para investigar a prática de concessão de incentivos fiscais por parte do Estado e apurar se os beneficiários do recurso estão em dia com as contrapartidas impostas nos contratos. Atualmente, a CPI já realizou 106 reuniões.

Após entrega de relatório final à presidência da Assembleia Legislativa o documento seguirá para votação do Plenário da Casa e será encaminhado à Delegacia Fazendária de Mato Grosso e ao Ministério Público do Estado (MPE), para execução do processo, segundo informou o presidente da CPI, José Carlos do Pátio (SD). A previsão de impostos sonegados a serem devolvidos ao erário público são de R$ 2 bilhões.

“O processo será entregue pronto, após grande trabalho técnico de auditores, advogados e tributaristas. Teremos um resultado muito bom, só vão ter que devolver o dinheiro. Hoje nós sabemos o que aconteceu e para onde queremos ir”, afirmou o parlamentar.

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