A Comissão Parlamentar de Inquérito da Renúncia e Sonegação Fiscal aprovou o relatório do setor do agronegócio. Foi a última sub-relatoria a concluir os trabalhos. As anteriores foram de mineração, combustíveis e frigorífico. O deputado Carlos Avallone (PSDB), integrante da comissão, informou que foi identificado “um maior número de ocorrências na área do comércio atacadista. Vimos um volume de sonegação de R$ 900 milhões em três anos, o que daria R$ 300 milhões por ano, o que é muito para os cofres públicos”, afirmou. Ele ainda disse acreditar que as propostas contidas no relatório vão ajudar no combate à sonegação e na redução do tempo de tramitação de processos administrativos tributários.
Responsável pelo relatório do agronegócio, o deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos) afirmou que o texto aprovado teve como base dados da secretaria estadual de Fazenda e revelou uma sonegação menor do que era esperada. Ele também destacou o caráter propositivo do documento. “O relatório vai gerar uma proposta de lei para que a gente incentive o governo a dar crédito, dar benefícios e identificar as pessoas que contribuem com o Estado, pagam seus impostos em dia”, ressaltou Moretto.
O presidente da CPI, deputado Wilson Santos (PSD), marcou para o próximo dia 11, a apresentação do relatório final com “todos esses relatórios já aprovados e vai fazer uma apresentação que já está sendo trabalhada. Acredito que até quarta que vem a gente aprove”, afirmou Carlos Avallone.
O relatório do setor do agronegócio foi aprovado com os votos de Avallone e Moretto. O deputado Wilson Santos se absteve. Conforme Só Notícias já informou, a CPI concluiu o setor transporte sonega em torno de R$ 81,8 milhões/ano.