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CPI aponta que Mato Grosso precisa de 2 mil antenas para expandir sinal de celular; Só Cuiabá e VG têm 5G

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Só Notícias (foto: Angelo Varela/assessoria/arquivo)

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Telefonia Móvel apresentou balanço parcial que Mato Grosso tem número insuficiente de antenas em relação ao que é considerável aceitável pela Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel).  São 1.641 antenas e deveriam ser 3.557 para atingir o padrão aceitável, de uma antena a cada mil habitantes. Colniza (1 mil km de Cuiabá) é o município com maior déficit. Com mais de 40 mil habitantes, seria preciso haver 41 estações de rádio-base, quando existem apenas três em funcionamento. Vila Rica e Campinápolis, também bastante distantes da capital, têm cerca de 11% do número necessário de antenas.  

Os dados expõem ainda que as operadoras de telefonia móvel não aumentaram acima da inflação os investimentos quando se compara o que foi gasto em 2021 ao que foi investido em 2022. O investimento nominal foi de R$ 35,5 bilhões em 2021 a R$ 38,1 bilhões no ano seguinte. Porém, se levado em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o cálculo apresentado pela CPI revela queda de meio bilhão de um ano para o outro em valores reais. Quanto à qualidade, foi levantado que a Tim oferece 4G em 137 munícipios, a Claro em 108 e a Vivo em 107. Já a tecnologia 5G só está disponível em Cuiabá e Várzea Grande. 

O gerente da unidade operacional da Anatel em Mato Grosso, Joberto Araújo, explicou que o serviço móvel de telefonia é privado, de acordo com a Lei Geral de Telecomunicações (1997). Por isso as operadoras não são obrigadas a aumentar abrangência do serviço se não for viável economicamente. Por outro lado, nos leilões das novas tecnologias (como 4G e 5G) é exigido que a telefonia móvel chegue a mais locais. 

“A telefonia móvel assina termos com a Anatel pra ampliação da rede. No leilão do 5G, as operadoras colocaram que nós cobriríamos 250 localidades, aproximadamente, em Mato Grosso, mais ou menos quatro mil quilômetros de rodovias e ampliação da rede em diversas localidades a fim de melhorar a qualidade do serviço e levar o sinal aonde ainda não tem instalado”, explicou. Ele completou, porém, que o prazo para que isso seja feito se encerra em 2029. “As metas são nacionais e não para Mato Grosso”, ressaltou.

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