Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Fiscal vão apresentar, nesta quarta-feira (21), o relatório final do processo investigativo, que foi instaurado em março do ano passado. Segundo o presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (foto), as investigações apontaram que R$ 1,7 bilhão foram sonegados por empresas e cooperativas beneficiadas em programas de incentivos fiscais do Estado, entre os anos de 2011 e 2014.
Ao todo, os auditores contratados pela CPI investigaram 160 empresas e cooperativas. Nesse período, também foram realizadas oitivas com empresários, ex-empresários e até o ex-governador Silval Barbosa, além de buscas, apreensões e levantamentos documentais.
Na semana passada, o relator Max Russi (PSB), apresentou seu relatório final sugerindo a investigação de agentes públicos e empresários, além da devolução de todo o montante sonegado. No entanto, o presidente votou contra este relatório.
Ele destacou que irá apresentar o mesmo texto. No entanto, vai acrescentar mais três matérias que considera necessário, como a apuração da participação de membros do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (CEDEM), a investigação da suposta participação de grandes empresários em cooperativas e o pedido de investigação por parte da Receita Federal para apurar se houve sonegação de impostos federais.