O governador Blairo Maggi passou quase três horas ouvindo várias ponderações de seus partidários. No PPS, segundo ele mesmo, cada um tem um pensamento sobre a condução do processo relacionado às eleições: vai de chapa pura ao entendimento de que se faz necessário costurar o mais amplo leque possível de alianças para sustentar o projeto da reeleição sem maiores problemas. Particularmente, Maggi diz defender a tese das alianças porque acha que “sozinho não se vai a lugar algum”. Contudo, se mostra tranqüilo e, de certa forma, absoluto: “Do jeito que vier para mim ta bom” – frisou.
Maggi confirmou que precisa de uma aliança considerável para conquistar tempo no rádio e na televisão para fazer a propaganda do seu trabalho. Ele diz que o PPS sozinho não tem como oferecer esse suporte nesse sentido. “Estamos precisando esperar algumas definições a nível nacional porque ninguém sabe ainda qual é o quadro, podendo haver mudanças que ira refletir aqui no Estado” – ponderou o governador, ao fazer uma análise de mais uma avaliação da conjuntura política. Nesse caso, pediu paciência.
O PPS, segundo o governador, tem nomes para preencher todos os cargos. Ou seja: se precisar de sair na “chapa pura”, sem problemas. Porém, não é isso que ele deseja. Ele calcula que dentro de mais 15 dias já terá definições do quadro politico no pais.Ele assegurou que vai acompanhar o partido a nível nacional: “O que decidir esta decidido” – assegurou. Na semana passada, o governador foi apontado como um dos rebeldes ao projeto da candidatura própria do PPS a presidente da República. Ele garantiu que não esta havendo pressão dentro do partido.
Sobre as conversações com o PL, Maggi disse que “esta história do PL vem pelas maõs do PP”, numa discussão que ocorreu no municipio de Canarana. Ele admitiu que ter os liberais na aliança, de fato, é uma “possibilidade”. Ele disse que essa “possibilidade deveria ser trabalhada entre os partidos coligados e dentro do próprio PPS”, já que há, por outro lado, entraves regionais, especificamente na base política de Rondonópolis, onde socialistas e liberais são adversários. Contudo, o caminho parece aberto: Maggi revelou que Welinton Fagundes, líder maior do PL, confirmou que não está pleiteando cargo.
Sobre as denuncias envolvendo parlamentares de Mato Grosso no escândalo das ambulâncias, Maggi disse que são denuncias da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, não afetando as “questões do Estado”. Ele disse que vem acompanhando o desenrolar dos acontecimentos como cidadão. Manifestou-se, porém, preocupado porque cada vez mais a classe política fica desacreditada a cada episódio. Maggi disse que o momento é ruim especialmente por causa do período eleitoral. Com efeito, foi taxativo: “Não podemos deixar que a sociedade perca a esperança na política porque esta é a única forma de resolver os problemas de uma sociedade”. O governador considerou o momento nacional como “muito delicado”.