A Corregedoria da Câmara notificou nesta quinta-feira o deputado Osvaldo Biolchi (PMDB-RS), que sofre acusação de ter feito a boca-de-urna a favor da absolvição do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), apontado como um dos beneficiários do “valerioduto”.
De acordo com o regimento interno da Câmara, após ser notificado oficialmente, Biolchi tem o prazo de cinco sessões ordinárias do plenário da Casa para apresentar sua defesa. Como as sessões ordinárias só estão previstas para 15 de janeiro, o deputado teria o prazo de defesa contando a partir desta data.
Biolchi já informou à Corregedoria que está disposto a abrir mão do prazo regimental de defesa para ver a agilização do processo e que vai apresentar sua defesa assim que for citado.
Depois de avaliar a defesa de Biolchi, o presidente da Corregedoria, Ciro Nogueira (PP-PI), pode pedir o arquivamento do processo ou remeter a representação para o Conselho de Ética.
O parlamentar declarou que é inocente das acusações. Segundo o deputado, por engano, ele pegou duas cédulas oficiais no momento em que foi votar e acabou deixando uma delas cair no chão. Ao pegar a cédula, seu gesto foi confundido com boca-de-urna, já que ela apontava o voto contrário à cassação de Queiroz, que acabou sendo absolvido pela maioria no plenário.