Os integrantes do PP se reuniram com o governador Silval Barbosa (PMDB), apararam arestas e deverão permanecer na base de sustentação independente de terem ou não cargos de primeiro escalão. Na reeleição do governador em 2010, o PP se tornou uma das mais importantes siglas que consolidaram o processo eleitoral, mas com o passar do tempo e diante do seu esvaziamento pela criação do PSD e de crises políticas o partido além de perder representatividade política acabou ficando à margem de decisões que agora voltarão a ser debatidas internamente até pelo fato do partido ter pela frente uma disputa eleitoral.
O presidente do PP, deputado Ezequiel Fonseca, assinalou que o encontro foi primeiro para apresentar a nova executiva regional da agremiação e depois para colocar as prioridades que o PP entende como sendo compromisso assumi- do nas eleições, defendido por eles e que devem ser cumpridos. "Nós fomos às ruas, pedimos votos e defendemos o governo e sua reeleição, por isso nos sentimos na obrigação de exigir que o governador e sua equipe cumpra com suas metas", assinalou Ezequiel.
Ele aproveitou para sepultar em definitivo a questão envolvendo a Secretaria de Saúde ao declarar que o PP não está na gerência da pasta e se sente livre para pontuar e criticar toda vez que algo de errado acontecer nesta ou em qualquer outra área do governo.
O secretário-geral e deputado Antônio Azambuja, um dos mais críticos da política de saúde do governo do Estado por causa de sua condição de médico, disse que faz pontuações por entender que o Estado precisa cumprir com suas obrigações enquanto detentor das políticas de interesse social.
"Ninguém aqui fala em oposição sistemática, mas sim em pontuar e cobrar dos órgãos públicos que cumpram seu papel perante a sociedade que os elegeu. O sentimento das ruas nos últimos dias é este, as pessoas querem ser ouvidas", disse.