A confirmação foi feita pelo contador Hilton Costa Campos, esta tarde, em depoimento à juíza da 7º Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda. Ele revelou que foram mais de 600 notas vindo de quatro empresas. Pelo “serviço”, ele recebia 3% do valor total das notas.
Ele contou que na verdade ganhava 10%, porém, este valor acabava rateado entre ele e Vinicius Prado, que trabalhava na Assembleia, além de ter o desconto do imposto. O promotor Marcos Bulhões perguntou para quem era estas notas. Ele disse que emitiu para José Riva e para outros deputados [não citou o nome de nenhum deles durante o depoimento]. Segundo ele, o esquema foi de 2011 até 2014. Eram em torno de oito notas mensalmente.
O promotor questionou onde ele conheceu Vinicius. “Conheço ele há mais de 20 anos. Conheci jogando bola e em um desses bate papo, ele perguntou se eu tinha alguma empresa para fornecer notas para a Assembleia”. O delator declarou que Vinicius é quem pedia as notas e determinava os que deveria ser colocado nela. "Pagavam em dinheiro”.
O contador disse que contou ao Gaeco os nomes dos outros deputados que pediram “notas frias” e levou alguns documentos. Campus diz que resolveu falar a verdade porque foi preso. Ele disse que mentiu na primeira em seu depoimento para poupar Vinicius.
(Atualizada às 14h53)