No segundo dia de reunião com a equipe de secretariado, o prefeito Chico Galindo (PTB) informou que nos dois primeiros meses de gestão em 2011 o orçamento permanecerá bloqueado, ou seja, a liberação para gastos deve ocorrer somente em março. A medida integra um conjunto de decisões referente a reforma administrativa que tenta manter o equilíbrio das contas após um final de ano conturbado. Nos últimos dois meses, foram pagas três folhas salariais, o que corresponde a uma despesa de R$ 84 milhões.
Ao mesmo tempo em que aquece a economia, principalmente o setor informal, gerou instabilidade nos cofres do município que vê a necessidade de ajustar as contas para somente no segundo momento aplicar investimentos.”Vamos pagar somente as despesas essenciais que são os pagamentos do funcionalismo e despesas das secretarias. Mais nada fora disso será pago”, informou o prefeito Chico Galindo.
O chefe do Executivo ainda cobrou cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ou seja, evitar gastos desnecessários para que não ultrapasse a estimativa de arrecadação, o que pode implicar em déficit nas contas públicas no balanço financeiro final.
A excessiva preocupação de Galindo com o equilíbrio financeiro se deve as surpresas que ocorreram no final do ano passado, o que levou a uma reegenharia para manter o saldo positivo das finanças. Em setembro do ano passado, o município foi surpreendido com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que bloqueou recursos na ordem de R$ 7 milhões para pagamento de precatórios (dívidas públicas reconhecidas pela Justiça em sentença definitiva e irrecorrível).
Ao longo do diálogo que durou mais de duas horas, Galindo ainda reiterou que tem o compromisso com a população cuiabana de pôr fim ao problema da coleta de lixo e universalizar o sistema de água tratada em Cuiabá.