Os prefeitos dos municípios que compõem o consórcio intermunicipal de saúde Alto Tapajós (Carlinda, Apiacás, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Paranaíta) devem se reunir, hoje à tarde, e discutir a saída de Alta Floresta do consórcio bem como a redução dos atendimentos no hospital Albert Sabin para moradores destas 5 cidades. “Vamos verificar a posição dos cinco municípios sobre a situação e discutir quais serão as medidas a serem adotadas”, explicou o presidente do consórcio e prefeito de Nova Bandeirantes, Valdir Pereira dos Santos, ao Só Notícias.
O caso deve ser exposto ao secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, “na próxima semana. Já mantivemos contato com ele. Vamos levar a situação dos prefeitos para ver a decisão que será tomada”, destacou. A saída de Alta Floresta do consórcio e a mudança na forma de atendimento do hospital foi anunciada no início desta semana. Na nova “forma”, os atendimentos eletivos serão restritos aos moradores de Alta Floresta e, apenas os casos de urgência e emergência continuarão de abrangência regional, segundo previsto em lei.
Conforme Só Notícias informou, a saída de Alta Floresta do consórcio e a mudança nos atendimentos, segundo o Executivo, foram adotadas após problemas envolvendo a entidade e os médicos, que estariam há cerca de dois meses sem receber os honorários. Outro motivo anunciado pela administração, por meio de assessoria de imprensa, foi a não destituição de Wilson Brizola do cargo de secretário executivo do consórcio, solicitado por Alta Floresta.
Na ocasião, o presidente Valdir confirmou o atraso nos pagamentos, no entanto, apontou que a falha era do Governo Estadual e já estava sendo corrigida. Já na terça-feira, foi divulgada decisão do Tribunal de Justiça, que acatou o recurso interposto pelo Ministério Público Estadual, determinando ao Estado o repasse, em dez dias, de R$ 222,9 mil ao Consórcio para o pagamento dos médicos.
Atualmente, o hospital de Alta Floresta realiza, mensalmente, cerca de 2,3 mil procedimentos entre simples e complexos.