O Conselho Superior do Ministério Público Estadual decidiu manter aberto o inquérito civil que investiga a possível participação do ex-governador e atual senador, Blairo Maggi (PR), no escândalo dos maquinários superfaturados. Mais de 700 equipamentos foram comprados no programa “MT 100% Equipado” e distribuídos para todos os 141 municípios. Foram sete votos a favor da manutenção do inquérito, enquanto outros quatro membros votaram pelo arquivamento da ação.
Quando a ação foi proposta, o procurador Hélio Fredolino Faust, designado para o caso, afirmou não ter encontrado indícios suficientes que envolvesse o Maggi no caso, que teria causado um dano ao erário de R$ 44 milhões. Este entendimento foi seguido pelo atual chefe do Ministério Público Estadual, Marcelo Ferra. No entanto, outros sete conselheiros não entenderam desta forma e assim Maggi continuará sendo investigado.
O caso, na época, derrubou dois secretários de Estado, o de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, e o de Administração, Geraldo De Vitto. Eles, no entanto, negam todas as acusações. Além dos dois todas as empresas participantes do certame e que venderam os maquinários para o governo também são citadas na ação, pois os equipamentos teriam sido vendidos acima do preço de mercado.
As investigações passam a ser realizadas pelo relator do processo, procurador de Justiça Siger Tutiya.
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