O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou, hoje, por 11 votos a 2, processo que pedia a cassação do deputado mato-grossense Abilio Brunini (PL) por suposta transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), em sessão da CPMI dos atos de 8 de janeiro em Brasília. O relator da acusação contra Abilio, deputado Mário Heringer (PDT-MG), pediu o arquivamento da denúncia constatando que ação “não fornece detalhes específicos sobre a conduta alegadamente violadora” e “não fornece detalhes específicos sobre a conduta alegadamente violadora cometida pelo representado. A representação se limita a citar uma fala proferida por um terceiro parlamentar, sem fornecer informações concretas sobre o que exatamente foi dito, em que contexto, e como essa fala poderia ser interpretada como violência de gênero ou homotransfobia”, consta, no relatório.
Ação foi apresentada pelo partido da deputada, em agosto, e um dos argumentos era de que Abilio teria quebrado o decoro parlamentar ao supostamente praticar crime de homotransfobia contra Erika, que acusou o mato-grossense de estar na sessão da CPMI para “atrapalhar” e “causar tumulto”.
Após o resultado do Conselho de Ética, Abilio afirmou que “justiça se faz ao arquivar esta acusação falsa, que gerou desinformação. Não admito o preconceito e homofobia, nunca que eu faria isso com uma pessoa”.
