O Conselho de Ética aprovou há pouco, por 10 votos a 3, o parecer do deputado Chico Alencar (Psol-RJ) que sugere a perda de mandato do deputado Wanderval Santos (PL-SP) por quebra de decoro parlamentar. O processo segue para o Plenário.
Enquadramento
Antes da votação, o deputado Nelson Trad (PMDB-MS) afirmou que a conduta atribuída a Wanderval só pode ser punida com a perda de mandato, conforme o Código de Ética e Decoro Parlamentar. A deputada Ann Pontes (PMDB-PA) também defendeu o parecer de Alencar pela perda do mandato de Wanderval. Segundo ela, há comprovação de que o representado tinha conhecimento de que seu motorista estava sujeito às determinações do então deputado Carlos Rodrigues e “assim o autorizou expressamente”.
Josias Quintal (PSB-RJ), por sua vez, criticou o parecer de Alencar e também o voto em separado de José Carlos Araújo (PL-BA), que sugere a suspensão por 30 dias. Quintal afirmou que não é possível enquadrar as irregularidades atribuídas a Wanderval em nenhum dispositivo do Código de Ética. Segundo Quintal, não se comprovou que Wanderval tenha recebido o dinheiro sacado por seu motorista, Célio Marcos Siqueira, da conta do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.