O deputado Orlando Fantazzini (Psol-SP) começou há pouco a ler seu voto sobre o processo contra o deputado Pedro Henry (PP-MT) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Pouco antes, o acusado defendeu-se da denúncia de que seria um dos responsáveis pela distribuição do “mensalão” e por oferecer compensações para que deputados trocassem de partido.
Em sua defesa, Henry argumentou que a única acusação que pesa contra ele são as “denúncias infundadas baseadas exclusivamente nos depoimentos do ex-deputado Roberto Jefferson”. O parlamentar disse que nunca manteve contato com o empresário Marcos Valério de Souza ou com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. “Como eu poderia ser um dos distribuidores do mensalão sem ter mantido encontros freqüentes com Marcos Valério ou Delúbio nem ter ido aos bancos”, questionou.
Pela imprensa
Henry afirmou ainda que nunca participou de reunião com integrantes do governo ou do PT para tratar de assuntos financeiros que se refletiriam em votações de matérias no Congresso. Ele disse que soube das operações financeiras entre PT e PP pela imprensa.
O acusado também informou que, enquanto ele liderava o PP, o ex-tesoureiro do partido João Cláudio Genu não era funcionário da liderança. “Ele só foi nomeado depois que eu deixei a função”, justificou, garantindo que não cometeu “qualquer ilícito ao longo do mandato”.
Henry criticou a forma como o processo avançou no Conselho de Ética afirmando que não teve chances de defesa.