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Conselheiro do TCE faz críticas a prestação de contas de Várzea Grande

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Relator das contas de governo e de gestão de Várzea Grande, o segundo maior e mais importante município de Mato Grosso, o conselheiro Antônio Joaquim, vice-presidente do Tribunal de Contas, se limitou a dizer que as mesmas são "um vexame, uma verdadeira lambança", diante do quadro administrativo e financeiro que se arrasta entre constantes trocas de mandatários por ordem judicial.

Para o conselheiro, as administrações de Várzea Grande são um exemplo do que o gestor público não deve fazer em relação à coisa pública e lembrou que está acompanhando atentamente o dia a dia da administração municipal e fazendo recomendações. "Essas contas serão apreciadas pelo Pleno do TCE/MT apenas em 2012, mas desde janeiro já estou acompanhando os andamentos", apontou o relator.

Ele lembrou que não pode antecipar considerações para não ver seu voto prejudicado, mas ressaltou que Várzea Grande é o único município que não cumpre a remessa de informações do Sistema Aplic e do Geo-Obras e que alertou ao prefeito em exercício, Tião da Zaeli, recentemente empossado, que é necessário um grande esforço para devolver a gestão administrativa à normalidade.

Antônio Joaquim recebeu Tião da Zaeli no início desta semana numa visita de cortesia, onde o prefeito em exercício foi pedir auxílio para solucionar pendências ou eventuais irregularidades durante sua gestão. As contas de 2009, julgadas em 2010, foram rejeitadas por unanimidade pelo Pleno do Tribunal de Contas do Estado com pesadas multas tanto para o prefeito Murilo Domingos, como para o vice, Tião da Zaeli, que havia assumido alguns meses em decorrência de afastamentos por ordem judicial e para tratamento de saúde.

"Tudo que existe de recomendação de erro continua sendo cometido na administração de Várzea Grande. Ali é o exemplo do que não se deve fazer numa gestão pública", ponderou o conselheiro relator, lembrando que no passado outros municípios estiverem em condições semelhantes alguns com cerca de 10 contas anuais rejeitadas, mas que os mesmos se recuperaram e hoje já apresentam contas passíveis de aprovação.

Pelos relatórios do próprio Tribunal de Contas do Estado, das cinco primeiras contas da administração Murilo Domingos, duas, as de 2006 e de 2009, obtiveram pareceres contrários, que acabaram sendo desconsiderados pela Câmara Municipal, que é quem tem a prerrogativa final de apreciação.

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