Dois caminhos que levam a um único objetivo: ligar Mato Grosso de Leste a Oeste. Ambos percursos passam por terras indígenas, onde o solo pertence à União e só pode ser modificado com anuências das 55 aldeias que estão fixadas no local, entre os municípios de Sapezal (480 km a Noroeste de Cuiabá) e Campo Novo dos Parecis (396 km a Noroeste da Cuiabá). “O Governo do Estado quer a pavimentação, no entanto não vai atropelar o processo, que passa pela decisão e apoio dos índios”, diz o secretário de Estado de Infra-estrutura, Vilceu Marcheti.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infra-estrutura, realizou diversas obras neste percurso. Um importante aliado foi a modalidade de Consórcios Rodoviários, que com a participação dos produtores rurais, asfaltará até o final de 2006 cerca de 500 Km nos trechos: Santa Rita do Trivelato – Nova Mutum, São José do Rio Claro – BR-163, São José do Rio Claro – Campo Novo dos Parecis, Sapezal – Rio Papagaio, Sorriso – Nova Ubiratã e Sorriso – Ipiranga do Norte.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária, Industria e Comércio de Campo Novo dos Parecis, Antonio de la Bandeira, a ligação Leste – Oeste vai representar dinamismo e lucro para o Estado. No caso de Campo Novo, cerca de 80% dos 380 mil hectares de soja são deslocados para o porto de Paranaguá (PR), que está a 2.200 km. Com a conclusão da Leste-Oeste o caminho será reduzido em mais de 50%, de maneira que a produção poderá ser escoada para Santarém (PA), em uma distância de 1000 km da cidade.