O deputado estadual Zeca Viana (PDT) deve conseguir uma vaga na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa. A definição é um dos poucos detalhes que ainda restam para que as 13 comissões permanentes da Casa sejam, enfim, montadas e projetos como o da reforma administrativa do governo do Estado possam começar a tramitar. Zeca deve ocupar o lugar que inicialmente seria destinado ao deputado José Carlos do Pátio (SD). O parlamentar do Solidariedade abriu mão da vaga para um dos dois membros da bancada do PDT, segundo ele, devido ao apoio que recebeu do partido quando de sua indicação. Até o fim da reunião do Colégio de Líderes de ontem, ainda não havia definição se seria realmente Zeca Viana ou Leonardo Albuquerque (PDT) o substituto de Pátio.
Leonardo afirmou que ainda conversaria com o correligionário a respeito, mas que, a princípio, a preferência era pela indicação de Zeca. Feita a escolha, os cinco membros da CCJR devem passar a discutir quem será o presidente do grupo. A comissão, assim como a de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária, são consideradas estratégicas para o Executivo e, por isso, o líder do governo na Assembleia, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) teria recebido a missão de garantir suas presidências para membros da base governista. O trabalho não deve ser tão árduo, já que o governo conseguiu montar um bloco com 14 parlamentares e, com isso, conquistou o direito a indicar três dos cinco membros de cada uma das comissões permanentes.
A estratégia, inclusive, seria um dos motivos para a desistência de Pátio, que desde o início da legislatura vinha demonstrando interesse em presidir a CCJR. O Solidariedade não está no bloco governista. Os membros das demais comissões também devem decidir até o final da semana quem serão seus presidentes. A definição já está atrasada, conforme previsão do Regimento Interno da Casa, e deve permitir que os trabalhos legislativos possam ter início de fato. Os deputados também aguardam esta oficialização para que possam ser instaladas as duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) já aprovadas. A que vai investigar eventuais irregularidades nas obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo, em especial a do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), já tem todos os membros, presidente e relator definidos.
Já a que pretende apurar denúncias de sonegação e renúncia fiscal ainda não definiu um relator. A indicação de um nome partirá dos líderes dos dois blocos formados na AL, o deputado Dilceu Dal'Bosco (DEM) e Gilmar Fabris (PSD).