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Com pedido de vistas negado, deputada diz que Mauro atropela Assembleia e age como Taques

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Só Notícias/Marco Stamm (foto: arquivo/assessoria)

O apoio do MDB ao governo de Mauro Mendes (DEM), negociado pelo presidente da sigla no estado, deputado Carlos Bezerra, ao que parece, não foi de “porteira fechada”. A manutenção da Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf) para acomodar o deputado Silvano Amaral (MDB), que não se reelegeu, e a nomeação de Alan Kardec (PDT) para a Secretaria de Esporte e Cultura, que mantém Romoaldo Júnior – o primeiro suplente emedebista – na Assembleia não foram motivos suficientes para fazer a deputada Janaína Riva (MDB) votar cegamente nos projetos do novo governo.  Na quarta-feira, a parlamentar saiu em defesa dos funcionários públicos, que travam uma batalha com Mendes, e pediu vistas em duas matérias de urgência para o novo governador.

Por meio da assessoria de imprensa, Janaína disse que o pedido de vistas é para fazer emendas e “impedir perdas maiores aos servidores públicos” nas propostas que preveem desde a extinção de seis empresas públicas como a Empaer, MTI e o MT Desenvolve, até a vinculação do pagamento da Reposição Geral Anual (RGA) dos servidores ao superávit da arrecadação estadual.

A mesa diretora acatou o pedido de vistas para as mensagens que tratam sobre o MT Prev e a reforma administrativa, mas negou o requerimento referente à RGA com base no regimento interno do Legislativo. A proposta da RGA foi aprovada, em primeira votação, por 14 votos a seis.

A negativa levou a deputada a comparar a gestão de Mendes com a do ex-governador Pedro Taques (PSDB), de quem Janaína foi a mais ferrenha opositora, dizendo que o atual gestor “atropela as votações da Assembleia”.

“Sabemos que o presidente seguiu o regimento ao não nos conceder a vista à mensagem da RGA. Acho que esse prazo de 48 horas, por mais que fosse pequeno, era importante. Muitas vezes o governo tenta atropelar esse momento, mas para as minorias que tem menos representantes no Legislativo, este é o momento de aglutinar as propostas que a gente acha mais viável. Agora, votar isso antes das audiências públicas que vão acontecer … ao nosso ver, não haveria nem mais razão de fazer essas audiências para levar uma proposta de projetos que já vão pra segunda votação”, declarou.

Janaína disse entender a urgência do governo em aprovar certos projetos e usa o Novo Fethab, do qual ela não pediu vistas, para exemplificar a boa vontade dos parlamentares dizendo todos compreenderam a necessidade de arrecadação imediata e avançaram com a matéria. Em relação à RGA, que tem a data-base em maio, ela sustenta que há mais tempo para discussão.

“Para nós deputados é extremamente desgastante a questão da RGA, por exemplo, cujo período de pagamento é só em maio, eu não vejo porque não aguardar para fazer essa discussão posteriormente quando já tivéssemos um entendimento acerca do 13º dos servidores que ainda não foi pago e sobre o salário. Quando você vai discutir com servidor que está com salário escalonado e 13º atrasado o corte de mais direitos, é o mesmo que jogar gasolina num incêndio. É difícil para os deputados, mas não há como cercear o direito dos deputados de se posicionar e de agir conforme aquilo que ele acredita”, avaliou.

O apoio de Janaína ao governo de Mendes é estratégico. Ela foi a parlamentar com maior votação neste pleito e se destacou em Mato Grosso como o principal nome da oposição a Pedro Taques. Janaína, que é namorada de Diógenes Fagundes, não embarcou na campanha de Mauro Mendes como fizeram os demais emedebistas, e preferiu subir no palanque do sogro, senador Wellington Fagundes (PR).

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