O senador Jaime Campos admitiu ontem que o DEM deve se reaproximar do PR por causa da declaração do governador Blairo Maggi de que o cenário político no Estado zerou com a desistência do republicano Luiz Antônio Pagot em disputar o governo em 2010.
Durante eleição na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Jaime alegou que prejudicava a discussão entre os partidos a decisão de parte do PR em lançar o nome do diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, sem consultar previamente as legendas da base aliada.
Assim como Blairo, Jaime entende que a decisão de Pagot deve gerar um reorganização política. Antes disso, o DEM sinaliza em marchar para a oposição ligada ao PSDB do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos. O PP dos deputados José Riva e Pedro Henry seguiam a mesma tendência.
“Sempre disse que o posicionamento ideal seria dessa forma, discutindo projetos em conjunto e não lançando nomes na frente de todo mundo. Feita essa reorganização e com essa declaração do governador, inicia-se um novo cenário. Que se faça, a partir de agora, uma coligação boa para todos”, completou Jaime, frisando que o “bom para todos” seria uma aliança que privilegiasse o espaço de cada legenda.
Mesmo admitindo o novo cenário, Jaime voltou a falar que os democratas vão trabalhar uma candidatura própria ao Palácio Paiaguás. Mesmo sem assumir a pré-candidatura, argumentou que essa decisão é uma questão de sobrevivência.
Sintonia – Assim como o senador Jaime Campos, o deputado José Riva, maior liderança do PP estadual, também avaliou que a declaração de Maggi reaproxima as legendas. “Nunca falei que o nome do Pagot prejudicava. O que ainda insisto é que a falta de diálogo não pode existir de nenhum lado”.