Parte da região Norte sente os efeitos da crise que afeta a rede estadual de Saúde. Nesta quarta-feira, o secretário estadual de Saúde, Marco Bertúlio, vai a Colíder conhecer o hospital regional e retomar a negociação com o corpo clínico da unidade.
Apesar da promessa de parcelamento do passivo em atraso, os médicos aguardam a reunião com o secretário e não retomaram os trabalhos totalmente. Apenas atendimentos de urgência e emergência são feitos. Cirurgias eletivas continuam suspensas. Com a mudança no governo, foi nomeada uma nova interventora e os contratos das empresas prestadoras de serviço encerraram.
“Mas acredito que sejam prorrogados, até mesmo porque ela está fazendo um diagnóstico da unidade para decidir qual modelo de gestão será implantado, ou seja, se vai continuar administrado por OSS ou pelo Estado”, disse uma fonte de Só Notícias.
São cerca de 40 médicos em Colíder que estão sem receber. Eles passaram praticamente todo o ano anterior sob ameaça de paralisação total pelo atraso nos salários e suspender parcialmente os atendimentos. A dívida caberia ao IPAS (Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde) por ter deixado os salários atrasarem quando administrava a unidade.
Porém, o Estado ainda está realizando os procedimentos de intervenção. O hospital atende pacientes de 11 municípios da região em sistema de consórcio.
O governao de Pedro Taques “herdou” uma dívida de R$ 4,5 milhões, referente aos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado. Neste ano, foi o pago o vencimento do mês de outubro, restando ainda novembro e dezembro e janeiro.