O desembargador Orlando Perri inspecionou, ontem, a cadeia feminina de Colíder e avaliou que as instalações não estão em boas condições e o Estado de Mato Grosso deve construir uma novo centro de detenção feminino na comarca. “Isso deve ser feito o quanto antes porque a estrutura é bastante precária e não oferece possibilidade de ressocialização para as reeducandas”, apontou.
Perri ressaltou que a maioria das detentas não é de Colíder mas de cidades do entorno. “Muitas delas estão presas há bastante tempo e precisamos conversar com o juiz, agilizar os julgamentos. A maioria anseia pelos estudos, pelo trabalho. Muitas delas querem fazer um curso superior”, descreveu o desembargador. “Precisamos quebrar o grave preconceito que ainda recai sobre as reeducandas. São pessoas normais, que almejam uma nova oportunidade”, acrescentou.
Após a inspeção, o desembargador se reuniu com o prefeito Hemerson Máximo e o juiz da comarca, Maurício Alexandre Ribeiro, no fórum. O prefeito considerou muito positiva as manifestações. “O município tem uma parceria e oferecemos oportunidade para cinco detentas, que vão prestar serviços para a prefeitura de Colíder. Tenho certeza que vamos conseguir avançar muito nesse trabalho da ressocialização das reeducandas”, declarou.
Foi discutida também a possibilidade de implantar na cadeia pública um ateliê de costura para que as reeducandas possam confeccionar uniformes e assim obter uma fonte de renda e desenvolver um ofício.
