Mesmo contido, o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), exalava uma certa felicidade pela vitória de Mauro Mendes (PSB), de quem se aproximou no decorrer da campanha. Tanto que nos programas eleitorais foram várias vezes que o candidato, em visita aos bairros, dava garantia à população de que continuaria programas como o Poeira Zero. Galindo chegou a declarar ontem pela manhã que estava depositando suas esperanças em Mauro Mendes.
Depois do resultado, Galindo desejou sucesso ao novo prefeito, assegurou que o mesmo assumirá com o controle total da máquina administrativa e que os percalços e problemas como a dívida de R$ 600 milhões com o governo federal, que sangra mais de R$ 60 milhões/ano dos cofres públicos, é o grande empecilho a ser vencido, mas que isto dependerá única e exclusivamente do governo federal. "Se fez para o governo do Estado, nada mais justo que faça para Cuiabá", cobrou Chico Galindo, que foi um dos maiores críticos ao argumento defendido por Lúdio Cabral de alinhamento com o governo federal e do estadual para superar os problemas da capital do Estado.
"Vou ligar ainda hoje (ontem) para Mauro Mendes e convidá-lo para um reunião emergencial para esta segunda- feira, já que não há tempo a ser perdido com a equipe de transição", disse Galindo, pontuando que já tem todo um planejamento e levantamento de dados com a realidade de cada uma das secretarias e órgãos municipais a ser repassado ao prefeito eleito e sua equipe para que eles comecem a trabalhar o quanto antes.
Galindo garantiu que não ficará nenhuma pendência de curto prazo para o novo prefeito honrar assim que assumir. "Todos os salários deste ano serão quitados dentro do calendário previsto e os investimentos em obras e ações estarão cumprindo os prazos legais estabelecidos", disse o atual prefeito, pontuando que somente as despesas de dezembro que forem vencer em janeiro permanecerão para o novo prefeito assumir e não ter dificuldades pela frente, pelo menos no início do mandato.