O ex-superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Mato Grosso, Nilton de Britto, vai responder processo administrativo disciplinar, decidiu, hoje, a Controladoria-Geral da União (CGU) para serem investigadas denúncias que a empresa de seu irmão, Milton de Britto, fechou contratos de R$ 26 milhões com o DNIT para obras em rodovias federais em Mato Grosso. Britto ocupava a superintendência desde o ano passado, mas já havia trabalhado em outros postos do órgão, e pediu exoneração na segunda-feira (25), mesma data da saída de Luiz Pagot, da direção geral do departamento. Britto era indicado por Pagot.
Em 2009, quando Britto ocupava a coordenação-geral de desenvolvimento de projetos do Dnit em Brasília, a empresa Engeponte firmou contrato de R$ 10 milhões para construir quatro pontes na rodovia BR-158. Em 2010, a empresa participou de consórcio para pavimentar 48 quilômetros da rodovia BR-242, na região Norte de Mato Grosso. A parte que caberia à Engeponte é R$ 16 milhões.
A CGU informa que é o vigésimo sexto procedimento aberto pela para apurar irregularidades na área dos Transportes. 18 procedimentos já estavam em andamento antes das denúncias que levaram ao afastamento da cúpula do órgão no início do mês. Até agora saíram 19 diretores e assessores do ministério, DNIT e Valec.