Cerca de 460 mil urnas eletrônicas serão disponibilizadas para os quase 128 milhões de eleitores que poderão votar nas eleições municipais deste ano, em todo o país, de acordo com as estimativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Serão 30 mil urnas a mais que nas eleições de 2006, quando 125,9 milhões de eleitores elegeram o presidente da República, governadores, deputados e senadores.
Esta será a 14ª eleição realizada pela Justiça Eleitoral por meio das urnas eletrônicas, considerando-se cada turno como uma eleição. Desde o primeiro pleito, realizado em 1996, esses aparelhos já apuraram quase 2,5 bilhões de votos.
O número oficial de urnas para as eleições deste ano será divulgado em maio, quando o TSE contabilizará tanto o número final de eleitores aptos a votar como o das seções de votação. Atualmente são 380 mil seções. Na estimativa de 460 mil urnas para este ano já estão incluídas aquelas que serão utilizadas nas mesas receptoras de justificativa eleitoral, para treinamento e também as que compõem a reserva de contingência.
Nas eleições de 2006, foram disponibilizadas 428.835 urnas eletrônicas para o primeiro e segundo turnos, mas os eleitores votaram em 361.431 aparelhos. O restante fez parte da chamada “contingência”: urnas reservas que podem substituir as que apresentarem defeitos durante o processo eleitoral.
A Justiça Eleitoral também realizou 11 eleições suplementares nos municípios e disponibilizou as urnas para 570 outras não-oficiais em todo o país somente em 2007. O número total dos que participaram dessas votações chegou a mais de 11 milhões em 17 estados.
Os eleitores votaram em novos pleitos para prefeitos municipais e seus vices, além de dirigentes de entidades de classe, conselhos, sindicatos e associações. Foram os casos das eleições da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), que reúne 13.726 juízes em todo o país, e dos conselhos estaduais e federal de Farmácia, que congregaram 104.098 farmacêuticos.
A Justiça Eleitoral começa a testar, neste ano, uma nova “geração” de urnas eletrônicas. Em três municípios das regiões Norte, Sul e Centro-Oeste, os eleitores vão votar em urnas com leitor biométrico, que faz a leitura da impressão digital e conta também com fotografia digitalizada.
As urnas modernas deverão acabar com a possibilidade de uma pessoa votar por outra, que hoje ainda existe. A expectativa é de que em dez anos todos os estados do país tenham urnas com leitores biométricos.