Mais de 40 empresários e produtores rurais de Sinop saíram, ontem à noite, em caravana de ônibus, até Brasília para apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O grupo se juntará, em Cuiabá, a outras caravanas de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tangará da Serra, Barra do Garças e Rondonópolis. Mais de 500 pessoas de várias entidades farão parte do movimento.
Antes de iniciarem a viagem os manifestantes pró-impeachment fizeram, um ato em frente ao Sindicato Rural sinopense. Eles colocaram faixas pedindo para os favoráveis a saída de Dilma buzinassem ao passar pelo local. A maioria atendeu o pedido.
Segundo o diretor do Sindicato Rural de Sinop, Ilson José Redivo, o objetivo é fortalecer o movimento pró-impeachment. "Precisamos enterrar está década de atraso da era do Partido dos Trabalhadores (PT). Nosso objetivo é fortalecer o movimento a favor do impeachment da presidente Dilma".
As manifestações pró e contra o governo estão marcadas para o domingo durante a votação do pedido de impeachment no plenário da câmara. Uma barreira de aço esta sendo construída na Esplanada dos Ministérios para dividir os dois grupos.
O pedido de impeachment da presidenta foi acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia 2 de dezembro do ano passado. No documento, os advogados Helio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior pedem o afastamento de Dilma evocando as pedaladas fiscais de 2014 apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Os autores do pedido dizem também que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao editar seis decretos autorizando despesas extras em um cenário de restrição fiscal e ao, suspostamente, repetir as pedaladas fiscais em 2015, já no exercício do novo mandato. O governo rebate os argumentos, afirmando que as contas de 2015 sequer foram apreciadas pelo TCU e pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional e que, portanto, não se pode falar na possibilidade de crime de responsabilidade.
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