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Candidatura do PT em Cuiabá precisará ter de aval nacional

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A executiva nacional do PT editou resolução prevendo que candidaturas do partido em cidades com mais de 200 mil eleitores precisarão ser homologadas pela cúpula. O objetivo é permitir uso de candidatos em vários municípios como moeda de troca em favor de alianças em colégios eleitorais considerados estratégicos pela legenda. Isso representa mais uma condicionante para a agremiação ter candidato a prefeito em Cuiabá.

A resolução foi editada nessa quinta-feira (10) depois de várias tentativas de aproximação do PT e o PSB em São Paulo, onde a sigla quer apoio em favor de Fernando Haddad e admite a possibilidade de retribuir a adesão em várias cidades, como Cuiabá, Macapá (AP), Florianópolis (SC), Manaus (AM), Duque de Caxias (RJ) e Mossoró (RN).

Ao exigir homologação da direção nacional, o PT já encontra uma brecha para não ter que intervir em diretórios em favor da candidatura de Haddad, ex-ministro da Educação e considerado um dos principais candidatos petistas nesse ano. As estratégias da cúpula contam com articulação do ex-presidente Lula, que considera a capital paulista emblemática para a sucessão em 2014.

A resolução representa mais um componente para a eleição em Cuiabá, onde o PT já decidiu realizar prévias para escolher o candidato a prefeito entre o vereador Lúdio Cabral e o militante Jairo Rocha. A eleição interna foi agendada depois do PSB nacional pedir apoio em favor do empresário Mauro Mendes na capital de Mato Grosso para retribuir em São Paulo subindo no palanque de Haddad. O presidente nacional petista, Rui Falcão, admite interesse em selar a aliança com os socialistas, mas também como PR e o PCdoB, o que poderia se estender a várias cidades.

A notícia sobre a resolução caiu como uma ducha de água fria em vários petistas, pois a candidatura dependerá na prática de autorização. O partido tem histórico em participar ativamente da decisão dos diretórios, inclusive sob ameaça de intervenção.

Ao ser informado sobre a resolução, Lúdio afirmou estar tranquilo. Ressaltou que o diretório municipal tem seguido fielmente as orientações nacionais e continuará assim, o que, segundo ele, dá mais força e legitimidade aos correligionários. "Isso não altera em nada as nossas discussões internas. Não vejo problema, mas sim uma etapa que também será resolvida".

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