Com duas candidaturas consolidadas na véspera da eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, cada um dos que vereadores que concorrem à presidência do Legislativo Municipal contabilizam 12, dos 25 possíveis votos e divergem sobre quem seria o voto minerva na disputa. De um lado, o grupo de apoio ao vereador eleito João Emanuel (PSD) concentra esforços para cooptar Faissal (PSB).
Do outro, o candidato à reeleição, Júlio Pinheiro (PTB), patina para garantir o apoio de seu companheiro de partido, Clovito Hugueney (PTB). Tanto socialistas quanto petebistas estão sob a pressão de resoluções partidárias que determinam apoio a Pinheiro, mas tentam se livrar das amarras legais para seguir ao lado do social democrata.
Para aliviar a pressão sobre Faissal, João Emanuel organizou um retiro com os vereadores que defendem sua candidatura. O local escolhido, a cerca de 200 quilômetros de Cuiabá, tem sinal de telefona celular praticamente nulo. O grupo se encaminhou para lá no último sábado (29), mas sem o socialista. A tática de isolamento escolhida pelo social democrata foi a mesma usada por Pinheiro, quando conquistou a presidência da Casa, em 2010.
Enquanto João Emanuel buscava o isolamento, Pinheiro preferiu se reunir com seu grupo na Capital mesmo. Sua principal dúvida era acerca do apoio de Clovito, que prometia votar em seu adversário mesmo sob o risco de incorrer em infidelidade partidária.
Ele chegou a procurar o presidente do diretório municipal do PTB, Lamartine Godoy para debater a situação e, após ameaçar mudar de ideia, garantiu apoio ao social democrata sob o argumento de que a sigla não fazia questão de sua permanência. A medida ainda pode abrir precedente para que o vereador eleito Dilemário Alencar (PTB) também mude a posição, pois já deixou claro que só votará em Pinheiro para cumprir a determinação partidária.