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Campanha eleitoral dos cinco candidatos ao governo ainda é tímida

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A campanha eleitoral em Mato Grosso só deve esquentar com o início do horário eleitoral gratuito a partir do dia 19 de agosto. Os primeiros dias do embate têm sido mornos e considerados atípicos, principalmente pelo fato de a disputa ser liderada, neste momento, por um candidato de oposição, o senador Pedro Taques (PDT), da coligação Coragem e Atitude para Mudar. Na outra ponta, os candidatos da situação, o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) e o deputado José Riva (PSD) enfrentam dificuldades desde a composição da chapa majoritária ao atual processo de definição de estrutura de organização das campanhas.

Disputam ainda o governo do Estado, os candidatos José Marcondes, o “Muvuca” (PHS), da coligação Mobilizar e Humanizar, e José Roberto de Freitas Cavalcante (PSOL), que não apresentou qualquer compromisso público até o momento. Muvuca tem se dividido entre reuniões e organização interna.

Os motivos para os percalços também são devidos às candidaturas terem sido sacramentadas somente às vésperas das convenções. No item agenda, os candidatos têm apresentado poucos compromissos, sobretudo, em atividades de rua para uma campanha de apenas 90 dias. Pelas informações divulgadas pelas respectivas assessorias, a maior parte do tempo tem sido dedicado às reuniões internas e de planejamento. Os entraves também podem ser atribuídos à falta de confecção de material gráfico. Por ter sido a primeira a ser sacramentada, a campanha de Taques está em fase adiantada para lançar os produtos.

As movimentações dos candidatos, neste momento, se resumem a reuniões com sindicatos e associações em locais fechados e rápidas visitas às feiras públicas. Estas atividades, que são mais comuns no período que antecede o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, tem ocorrido timidamente e são fundamentais para captar imagens e pegar depoimentos que serão exibidos durante a propaganda eleitoral. Mesmo com várias indefinições, Taques e Lúdio têm dedicado o tempo para gravações em estúdio, embora este último não tenha divulgado o marqueteiro de campanha.

Riva também não definiu a equipe de marketing, considerada peça fundamental para a elaboração de material gráfico e estratégia de campanha. A Copa do Mundo também tem sido outro fator para atrasar as decisões internas na campanha. No domingo (13), acontece o encerramento do Mundial no Rio de Janeiro. Mesmo o Brasil estando fora das finais, muitos políticos ainda usam o evento para argumentar a falta de andamento nos projetos eleitorais. As viagens para o interior do Estado estão sendo programadas para a próxima semana. As visitas são termômetros de apoio e para medir popularidade dos concorrentes.

Último a se lançar na disputa, Riva diante das pendências judiciais, só deve efetivamente colocar a campanha na rua após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) se posicionar sobre o seu pedido de registro de candidatura. Internamente no grupo, já se prevê uma batalha à parte na Justiça. A equipe jurídica acredita que tanto os adversários quanto o Ministério Público Eleitoral (MPE) deverão pedir a impugnação da candidatura. Por conta desta situação de instabilidade, a coordenação jurídica, sob a responsabilidade do advogado José Antônio Rosa, foi a primeira a ser definida. Apesar do clima morno e do discurso de uma campanha pautada em debates e ideias propositivas, as críticas entre os grupos adversários são inevitáveis.

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