A segunda eleição para a mesa diretora da câmara está marcada para hoje à noite e a guerra política entre as bancadas de situação e oposição, ao que parece, vai continuar. No campo político e na Justiça. Inicialmente, a oposição (PMDB e PPS), liderada pelo ex-presidente José Pedro Serafini, poderá boicotar a sessão. Se não estiverem em plenário 7 ( dos 10) vereadores não tem votação, porque a bancada de situação (PSDB, PTB, PP e PFL) têm 5 vereadores e não garante quórum suficiente. Alguns parlamentares estariam viajando. A segunda convocação é para amanhã e, a terceira, para sexta, ambas às 16:00hs. Quem faltar nas três pode ser cassado.
A presidência deixou de ser o foco principal da polêmica e desgastante disputa. A briga é pela primeira secretaria, função que controla as finanças do Legislativo, e a vice-presidência. Se permanecer o resultado do dia 18, Sineia Abreu é a presidente porque no critério de maior idade, superou seu concorrente, ao empatar em 5 a 5. Com nova eleição, além da presidência, Sineia garante os aliados Cleuza Navarini na vice-presidência e Gilson de Oliveira, na primeira secretaria. Alheios aos constantes desgastes políticos pela disputa de poder, os vereadores das duas bancadas armas suas estratégias para a nova eleição. O grupo de Pedrinho sustenta que o regimento interno prevê, em caso de uma chapa, que 5 votos não garantiriam a vitória do grupo de Sineia. Seria necessária maioria simples, no caso 6 votos. Já o grupo de Sineia entende que, com 5 votos, a chapa é declarada vitoriosa.
Os vereadores vão para a sessão literalmente com o regimento interno na ponta da língua, além de ambos os lados esperarem respostas de recursos ajuízados no Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal de Justiça. A determinação da liminar do TJ é para hoje ser colocada em votação a chapa União ( presidente, Sineia Abreu, vice-presidente, Cleuza Navarini, primeiro secretário, Gilson de Oliveira e, segundo secretário, Jorge Muller) que não foi votada, no último dia 18, quando o então presidente da câmara, José Pedro Serafini, argumentou falta de acordo de líderes em uma manobra que lhe beneficiou ao aceitar candidaturas individuais, previstas no regimento interno, mas cujo critério foram reprovados no Judiciário. No empate na disputa com Gilson de Oliveira, foi eleito por ser mais velho. Zuleica Mendes (PDMB) ficou com a vice-presidência. Sineia foi eleita presidente e, Muller, 2ºsecretário. Mas esta composição foi considerada nula pelo Superior Tribunal de Justiça, ao reprovar dois recursos de Pedrinho, solicitando que não fosse feita nova eleição.
Ontem, sua assessoria anexou ao último recurso no STJ cópia de ata assinada por Sineia Abreu (PSDB) para assumir o cargo, acreditando que esta atitude teria validado a eleição do dia 18. Sineia assumiu a presidência para evitar que Zuleica Mendes ficasse com a presidência até sair nova eleição. A resposta, segundo Só Notícias apurou, só deve sair no final de semana. No Tribunal de Justiça o grupo de Pedrinho também impetrou recursos tentando manter o resultado da eleição do dia 18.