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Câmara homenageia Dante de Oliveira pelos 30 anos da emenda Diretas Já !

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A Câmara dos Deputados fez, agora há pouco, sessão solene, em homenagem a Dante de Oliveira, pelos 30 anos de apresentação da proposta da emenda costitucional das eleições diretas para presidente da República. O deputado Nilson Leitão, líder da Minoria, foi autor do pedido da sessão. Telma de Oliveira, viúva de Dante, e parte da bancada de Mato Grosso – senador Jayme Campos, o deputado Julio Campos, o deputado Welington Fagundes- participou.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, lembrou a luta de Dante porque participou da sessão em 1984. “Infelizmente a emenda não foi aprovada pelo Congresso, mas foi abraçada e acalentada pelo povo brasileiro. Abraço traduzido na eleição de Tancredo, na Assembleia Constituinte e na Constituição Cidadã”, afirmou o presidente da Câmara.

Leitão afirmou que o 25 de abril, data da rejeição da emenda das Diretas Já pela Câmara, deveria ser lembrada com um ato de transformação do país. “Essa emenda, que não teve o sucesso da aprovação, extrapolou as paredes do Congresso e contagiou cada brasileiro. Quem viveu aquele momento se orgulha muito de ter participado nesse instante que mudou o País”, disse.

Leitão, que é líder da Minoria, contou a história de um ex-delegado que, à época da ditadura foi designado para vigiar Dante. Ao escutar o discurso do ex-parlamentar, o policial desistiu de seguir as ordens superiores e não denunciou Dante. “O delegado disse que não levou a gravação para frente porque Dante falou tudo o que ele acreditava e agiu não como delegado, mas como brasileiro.”

Segundo o deputado, atualmente o Brasil está se distanciando a cada dia da democracia defendida por Dante de Oliveira. “É preciso que essa democracia alcance necessariamente cada rincão, assunto e tema que o Brasil não está querendo debater”, afirmou.

O deputado Roberto Freire (PPS-SP) recordou o momento em que diversas manifestações populares passaram a clamar pela democracia e a pedir o fim do regime militar. “Quando a sociedade se mobiliza, ninguém consegue controlar”, disse.

Dante Martins de Oliveira, que faleceu em 2006, começou sua carreira política no MR–8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro), quando o grupo já havia optado pela via política ao invés da luta armada contra a ditadura militar. Depois, foi filiado ao PMDB e eleito deputado estadual em 1978. Em 1982, elegeu-se deputado federal. Dante também exerceu os cargos de prefeito de Cuiabá e governador de Mato Grosso.

Na época em que apresentou a emenda pelas eleições diretas, ele argumentou que a legitimidade do mandato só é límpida se a autoridade for escolhida pela maioria do eleitorado. “Difere do que ocorre com outros candidatos, escolhidos em círculos fechados e inacessíveis à influência popular e às aspirações nacionais”, comparou, então.

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