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Câmara faz audiência e discute aumento de 6 vagas de vereadores em Sorriso; OAB aponta aumento de R$ 12 milhões/ano em gastos

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Só Notícias/Herbert de Souza e Lucas Torres, de Sorriso (foto: Só Notícias/Lucas Torres)

A câmara de Sorriso realizou uma audiência pública, esta noite, para debater a proposta de emenda à lei orgânica que aumenta o número de vereadores a partir da próxima legislatura. Com base na contagem do Censo 2022, o município pode ter até 17 parlamentares. Atualmente, são 11. A audiência pública foi proposta pela vereadora Jane Delalibera (PL), que se manifestou favorável ao aumento. “Essa instituição precisa ser fortalecida. Quando a sociedade me elegeu, não foi para ficar em cima do muro. Então, na minha opinião, precisamos de mais representatividade. Abrir esse leque para que mais pessoas possam estar aqui”, afirmou. Alguns participantes também apoiaram o projeto.

Outros, no entanto, manifestaram contrariedade ao aumento. Fernando Mascarello, presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Sorriso, por exemplo, apontou o aumento de gastos do Poder Legislativo, caso a proposta seja aprovada. “Essa casa custa R$ 22 milhões por ano. Aumentar seis vereadores significa um aumento de R$ 2 milhões por vereador. São R$ 12 milhões por ano. Um posto de saúde, de 400 metros quadrados, custa R$ 1,8 milhão. A escola Rota do Sol, de 1,3 mil alunos, custa R$ 12 milhões. Daria para fazer uma escola dessa por ano. Daria para fazer mais de sete postos de saúde”, afirmou.

Não foi confirmado quando o projeto aumentando as vagas será apreciado pela própria câmara municipal, mas deve ser ainda este ano, considerando que, ano que vem, haverá eleição.

Em setembro, conforme Só Notícias já informou, a câmara de Cuiabá aprovou, em primeira votação, o projeto de emenda à lei orgânica, aumentando o número de vereadores para a próxima legislatura. Atualmente, são 25 parlamentares. Se a mudança for mantida em segunda votação, que será nesta terça-feira, a capital terá 2 vereadores a mais a partir de 2025.

Este ano, a câmara de Lucas do Rio Verde rejeitou o projeto que aumentava de 9 para 11 o número de parlamentares. Os vereadores expuseram o impacto econômico e a falta de espaço físico na sede da câmara.

Além de dois vereadores, seriam automaticamente criadas mais 4 funções de assessores. Com a decisão, a eleição do ano que vem em Lucas será com base na formação atual da câmara, de 9 vereadores.

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