O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse há pouco que a princípio não é contra a sugestão do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) de que haja um debate entre os candidatos à Presidência da Casa. Ele afirmou, porém, que ainda espera receber a proposta de Jungmann para poder analisá-la. Aldo e o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), são os candidatos já declarados.
“Eu não quero impor ao deputado Chinaglia nenhum tipo de debate; em princípio, em uma democracia, ninguém é contra debates, mas a proposta não pode surgir como uma forma de constrangimento ao adversário”, disse Aldo. Ele já falou hoje por telefone com Jungmann, mas não revelou o teor da conversa.
Novos nomes
Aldo não quis comentar a possibilidade de surgimento de um terceiro candidato – que poderá ser apresentado, na próxima terça-feira (16), pelo grupo que defende uma terceira via na eleição para a Mesa Diretora.
“Não posso questionar nenhuma outra candidatura. Do ponto de vista da democracia, qualquer candidatura é legítima”, avaliou.
Voto aberto
O presidente reafirmou que continua favorável ao voto aberto em todas as deliberações da Câmara, conforme previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349/01, já aprovada em primeiro turno.
Ele disse, porém, que alguns dos seus aliados estão preocupados com a possibilidade de o fim do voto secreto se estender também à eleição da Mesa. “Há, entre meus companheiros, a preocupação de que o voto aberto nesse caso possa permitir pressões, por motivos que eu não quero aqui discutir.” Mesmo assim, Aldo considera que a PEC deve ser aprovada em segundo turno sem alterações.