A Comissão Processante que investiga atos de governo dos prefeito e vice afastados de Várzea Grande, Murilo Domingos e Sebastião Gonçalves, o Tião da Zaeli (PR), discute hoje a possibilidade de alterar o modelo da comissão – passando de CP para CPI. Segundo o vereador Hilton Gusmão Alves (PV), que integra os trabalhos, a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito daria mais "poder" para o Legislativo no âmbito das investigações e ainda para proposição de ações no Executivo municipal – caso sejam comprovados indícios de irregularidades na gestão da cidade.
"Hoje (ontem) a comissão não se reuniu, apenas demos início às conversas sobre abrir uma CPI, porque a Comissão Processante não tem a abrangência que precisamos. A CP só se atém às contas de governo e o que estamos encontrando vai além disso, por isso vamos analisar esse encaminhamento", explicou. Os parlamentares analisam a defesa de Murilo, composta de cinco páginas e a de Tião – apresentada em mais de 500 páginas com perfil técnico – dando destaque para questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre irregularidades na aplicação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica(Fundeb).
Segundo a assessoria da prefeitura, o prefeito em exercício João Madureira se prepara para conceder entrevista coletiva à imprensa, nesta semana, para apresentar balanço sobre um mês de gestão. A secretaria municipal de Comunicação negou que a lista de mais de 400 exonerados por Madureira tenha revelado quadro de "indicados" por vereadores – que faria parte do mapa de "fantasmas" no Executivo.